DECRETO Nº 3.485, de 3 de setembro de 2010    

 

Dispõe sobre a obrigatoriedade da implementação da infraestrutura interna para instalação de roteadores no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta que menciona.

 

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, usando da competência privativa que lhe confere o art. 71, incisos I e III, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 381, de 7 de maio de 2007, e no Decreto nº 1.976, de 9 de dezembro de 2008,

 

DECRETA:

 

Art. 1º Ficam os órgãos da administração direta, autárquica, fundacional e de empresas públicas do Estado obrigados a providenciar a infraestrutura interna para instalação de roteadores, em conformidade com o previsto neste Decreto.

 

Art. 2º A instalação de que trata o artigo anterior deverá seguir as normas técnicas constantes no manual de “Especificação da Infraestrutura Interna do Cliente - Circuito de Dados - Rev. 4 Inclusão do Padrão de Tomadas Elétricas ABNT NBR 14136:2002”, fornecido pela empresa de telefonia Oi, parte integrante deste Decreto.

 

Art. 3º À Secretaria de Estado da Administração - SEA, por intermédio da sua Gerência de Tecnologia da Informação - GETIN, compete o acompanhamento sistemático e permanente da execução das medidas constantes neste Decreto e dos resultados obtidos, com o objetivo de editar normas complementares e prestar informações, visando garantir o seu cumprimento.

 

Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

 

Florianópolis, 3 de setembro de 2010.

 

 

LEONEL ARCÂNGELO PAVAN

Governador do Estado

 


 

Infra-Estrutura Interna do Cliente

REV. 8

Inclusão do Padrão de Tomadas Elétricas  ABNT NBR 14136:2002

 

 

 

 

 

 

 

20 de Julho de 2010


Apresentação

Este manual foi elaborado com o objetivo de melhorar o atendimento e a eficiência na implantação e manutenção de serviços de comunicação de dados ofertados pela Oi.

É de suma importância a leitura de todas as instruções aqui contidas.

Atenção: As características técnicas contidas no presente documento estão sujeitas a modificações, de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

 

Instalação

O provimento de serviços de telecomunicações faz uso da rede de cabos telefônicos entre as estações da Oi e o ambiente dos clientes. O caminho que os cabos telefônicos percorrem pode ser dividido em duas partes – uma de responsabilidade da Oi (chamada rede externa) e outra de responsabilidade do cliente (chamada rede interna). A rede externa é constituída de cabos multipares metálicos ou ópticos que partem da estação telefônica e chegam no primeiro ponto de terminação no ambiente do cliente (distribuidor geral - DG ou caixa de distribuição geral do imóvel). A Oi deve providenciar toda a infra-estrutura necessária da rede externa de forma a garantir o perfeito funcionamento do circuito.

A rede interna, quando existente, é o trecho compreendido entre o primeiro ponto de terminação no ambiente do cliente (DG) e o ponto onde será instalado o equipamento da Oi (modem). O cliente deve providenciar a disponibilidade de pares (quando atendido por par metálico), dentro da sua rede interna, para que o serviço possa ser instalado. O cliente é responsável por prover a infra-estrutura de rede interna (tubulação, aterramento e alimentação elétrica), assim como prover o local de instalação do modem, com condições técnicas e ambientais adequadas, conforme padrões estabelecidos neste manual. Caberá à Oi verificar se as condições básicas foram atendidas, e então efetuar a instalação, teste e ativação do serviço.

Em algumas localidades a Oi poderá construir a rede interna do cliente mediante prévio orçamento e cobrança em conta telefônica. Caso tenha interesse, o cliente deverá consultar as áreas de atendimento da Empresa quanto à disponibilidade do serviço em sua região.

Figura 1: Rede externa x rede interna

Rede Interna - Constituição

3.1              Tipos de interligações

De maneira geral, a Oi conecta seus cabos telefônicos até o DG (Distribuidor Geral) de entrada. A infra-estrutura desde a entrada da edificação até o DG é de responsabilidade do cliente e deve ter a seguinte estrutura:

Lateral: Um cano galvanizado de 2’’

Duto subterrâneo: Um cano de PVC de 2’’, próprio para instalações elétricas, instalado perpendicularmente da descida do lateral até o DG.

Caixas subterrâneas: Duas caixas de concreto (CX Nº 01 e Nº 02) que podem ser feitas no local ou compradas prontas. As medidas devem seguir a tabela abaixo, conforme a necessidade de pontos (a tampa da caixa deve ser sempre de metal).

Distribuidor Geral (DG): Uma Caixa de distribuição que deve ter as medidas da tabela abaixo conforme a necessidade de pontos.

Pontos

DG

Dimensões

Caixa Sub.

Dimensões

Altura

Largura

Profund.

Comp.

Largura

Altura

Até 20

Nº 3

40 cm

40 cm

12 cm

R1

60 cm

35 cm

50 cm

21 a 50

Nº 4

60 cm

60 cm

12 cm

R1

60 cm

35 cm

50 cm

51 a 100

Nº 5

80 cm

80 cm

12 cm

R1

60 cm

35 cm

50 cm

Acima de 100

Nº 6

120 cm

120 cm

12 cm

R2

107 cm

52 cm

50 cm

 

Edificações com mais de um pavimento deverão possuir ramificações internas com cabos de pares metálicos saindo do DG, distribuídos eqüitativamente entre DG’s intermediários (caixas de distribuição). Destas caixas de distribuição devem sair cabos de menor capacidade até o local de instalação do modem. Para a instalação de circuito de dados faz-se necessário que a rede interna do cliente disponha de um mínimo de 02 (dois) pares de fios para cada circuito de dados solicitado, interligando o DG de entrada da Oi ou DG intermediário até o local de instalação do modem, devidamente identificados. A tubulação e o cabeamento entre o DG de entrada e os distribuidores intermediários são de total responsabilidade do cliente, devendo seguir as recomendações estabelecidas neste documento para os demais segmentos de rede interna.

Caso a rede do DG intermediário não tenha disponibilidade de pares, o cliente deverá lançar um novo cabo de pares metálicos tipo CCI do DG de entrada da Oi, até o DG intermediário ou o local de instalação dos equipamentos. A malha de proteção desse cabo deve estar aterrada. Nos casos de interferência com rede de energia elétrica, este cabo CCE também deve ser utilizado.

3.2              Quantidade de pares

Para a prestação de serviços de comunicação de dados, a Oi necessita que a rede interna do cliente disponha de cabos com o mínimo de dois pares telefônicos livres e em boas condições elétricas para cada circuito contratado. Para as linhas telefônicas convencionais e o serviço ADSL, basta um par para cada acesso contratado.

Cabe ao cliente dimensionar sua infra-estrutura de rede interna tomando o cuidado de prever a necessidade de pares reserva para ativação de serviços futuros. Deve prever ainda um mínimo de dois pares em cada trecho de rede exclusivamente para fins de manutenção. Isso permitirá evitar a substituição de todo um trecho de cabeamento em caso de defeitos de pares.

Estando a tubulação pronta, a Oi lançará o trecho final de cabeamento até o equipamento a ser instalado, até o limite de 100 metros de cabo. Nos casos em que o cliente não tenha construído a tubulação telefônica, ou em que o trecho de cabeamento a ser lançado ultrapasse o limite de 100 metros poderá, se assim o desejar, solicitar à OI um orçamento para execução da obra em questão. Aprovado esse orçamento pelo cliente, a obra será executada e o valor pactuado cobrado em fatura.

3.3              Tipos de cabos

Para a execução de rede interna para circuitos de dados, a Oi recomenda ao cliente a utilização de fio interno (FI), cabos de conexão interna (CCI) ou cabo interno (CI). No caso do cliente optar por este tipo de cabo, sugerimos que utilize cabo de maior capacidade (mínimo de 10 (dez) pares) com blindagem aterrada, reduzindo a probabilidade de interferências.

Cabos de Categoria 5 (cabo UTP) também podem ser utilizados com vantagens, desde que não se utilizem terminações do tipo “enrolar” ao longo da rede. Para esses cabos, recomenda-se utilizar somente conexões soldadas ou de pressão.

 

3.4              Terminações

Ao longo de todo o percurso de um cabo pela rede interna, este passa por diversas caixas de distribuição. É necessário que em cada uma dessas caixas de distribuição, os cabos tenham terminações conectorizadas. O modo padrão de terminações recomendado são os Blocos de Ligações Intermediárias (BLI’s) de 10 ou 20 pares de conexão do tipo “enrolar” ou Blocos de Engate Rápido. Em caso de uso de um bloco diferente dos indicados acima, o usuário deverá possuir a ferramenta necessária para realizar a devida conectorização. É necessário que estes blocos estejam afixados adequadamente.

Condições Ambientais

O ambiente destinado à instalação dos equipamentos deve apresentar as seguintes características para reduzir a probabilidade de interrupções do serviço:

q        O local deve ter boa iluminação e espaço que permita os trabalhos de instalação e manutenção, deve ser livre de vibrações, de impactos mecânicos e da exposição às condições do tempo (raios solares, chuva, etc).

q        O ambiente precisa ter permanente circulação de ar, ser livre de poeira, limalhas industriais, gases oxidantes, calor excessivo (não superior a 28º C) e umidade (< 90%).

q        Para os serviços de comunicação de dados, a área reservada para o equipamento (modem e/ou roteador) deve ser o mais próxima possível dos equipamentos que serão conectados ao circuito.

Acomodação dos Equipamentos

A acomodação física do equipamento (modem) da Oi deve se dar de uma das seguintes formas:

q        Em prateleira fixa à parede (bandeja);

q        Em bastidor com bandeja;

q        Em bastidor com sub-bastidor de modems (no caso de 5 ou mais modems).

 

 

1

 

2

 

3

 

4

 

 

 

Figura 2 – (1) Rack Fechado, (2) Rack Aberto, (3) Bandeja, (4) Sub-bastidor

Recomendações gerais abordando as formas de instalação acima.

q        O modem não poderá ser instalado diretamente sobre o piso;

q        A bandeja deve ter as seguintes dimensões 19” x 2U x 25 cm (56 x 9 x 25 cm);

q        Não devem ser instalados mais que quatro equipamentos por prateleira. Se a quantidade de equipamentos for maior, a opção recomendada é do bastidor (com sub-bastidor ou com bandejas);

q        O local escolhido para fixação da bandeja deve suportar, com margem de segurança, o peso dos modems (em torno de 2 Kg cada);

q        A altura mínima do local em que ficarão os equipamentos deve ser de 1 m e a máxima de 1,60 m, em relação ao piso.

q        Na frente e atrás de cada equipamento deve ficar um espaço com a distância mínima de 30 cm de qualquer obstáculo fixo;

q        Acima de cada equipamento deve ficar um espaço livre de pelo menos 10 cm;

q        Não devem ser colocados objetos sobre os modems ou roteadores;

q        A passagem da cabeação deve ser protegida, evitando a desconexão acidental.

Instalação Elétrica

Para a instalação dos equipamentos, deverão ser disponibilizadas tomadas elétricas com as seguintes características:

q        Alimentação: 127VAC ou 220VAC ± 15% / 60 Hz ± 5%, ou –48VDC ± 10%

q        Tomadas: Três pinos, Padrão ABNT NBR 14136:2002 (ver Figura 3)

q        Aterramento: 3º pino da tomada (trata-se do condutor de proteção da Figura 3)

 

Para a segurança e confiabilidade do sistema e a não descontinuidade dos serviços, recomenda-se que a alimentação seja proveniente de No-Break ou inversor.

 

Tomadas

Figura 3 – Tomada padrão (2P + T)

Observações Importantes:

q        O número de tomadas deverá corresponder ao número de equipamentos a serem instalados, mais uma sobressalente para os instrumentos de teste;

q        No caso de haver a instalação de um sub-bastidor, este deverá dispor de uma régua de tomadas tripolares padrão ABNT (figura 3).

q        As tomadas deverão ser identificadas com informações sobre a tensão existente (127 ou 220 Volts);

q        O pino terra das tomadas deverá estar interligado a uma malha de aterramento e a tensão neutro-terra deverá ser menor que 1V AC. Consulte um eletricista sobre estes dados.

q        A distância entre a tomada e o local dos equipamentos não deve ser superior a 1,5 m.

Proteção Elétrica e Aterramento

O sistema de proteção elétrica é um conjunto de dispositivos que devidamente instalados e mantidos visam:

q        Garantir a segurança das pessoas;

q        Limitar níveis de interferências (ruído, diafonia, etc.);

q        Prover escoamento de descargas elétricas para local seguro;

q        Manter a integridade dos equipamentos do cliente e da Oi.

 

Observações Importantes:

q        A resistência de aterramento deve ter no máximo 5 ohms;

q        Ao sistema de aterramento, só deverão ser conectados equipamentos com características similares (ex: telefones, fac-símile, microcomputadores);

q        Não poderão ser utilizadas como ponto de terra as malhas de aterramento ou terminal neutro da companhia de eletricidade;

q        As carcaças de todos os equipamentos (bastidor, modem, central PABX, micro computadores, etc.) devem estar aterradas;

q        É imprescindível que o equipamento do cliente, o qual irá conectar-se ao da Oi, esteja no mesmo ponto de terra para que não haja nenhuma diferença de potencial;

q        No distribuidor geral (DG) do cliente, as linhas destinadas a atender equipamentos (modem, roteador, central PABX, computadores) deverão ser devidamente aterradas, instalando blocos H-311 (2 ou 10 pares) providos de módulos protetores (fusíveis) adequados. Idealmente devem ser utilizados módulos protetores com 5 pinos e tecnologia estado sólido:   MP-N, código Munsell, verde, 7,5GY6/12, faixa de tensão de 200 a 300 VCC, proteção contra sobretensão, destinados a proteção de linhas de comunicação de dados, HDSL ou ADSL alimentação local.

q         A Oi recomenda que o cliente consulte um profissional com conhecimentos das normas ABNT e competência técnica para a confecção de proteção elétrica e aterramento.

Figura 4 – Aterramento

 

Equipamento Terminal de Dados do Cliente

A terminação digital dos equipamentos do cliente (computadores, servidores, etc.) que serão conectados ao modem e equipamento da Oi deverá estar dentro das recomendações (características elétricas e funcionais) da ITU-T (International Telecommnuications Union) e ser compatível com as interfaces que podem ser V.36/V.11, V.35 ou G.703.  O tipo de interface desejada deve ser informado à Oi por ocasião da solicitação do serviço.

Lembramos que o cliente deverá programar e/ou configurar os seus equipamentos (Terminal de Dados) e suas respectivas aplicações, para que estejam disponíveis e instalados quando da ativação e entrega do circuito pela empresa. Assim será possível a ativação do sistema do cliente no mesmo instante da entrega do serviço.

A interface digital limita a distância do cabo que interliga o modem ao terminal de dados. Quando houver necessidade de se ultrapassar estes limites outras normas devem ser consultadas.

 

Check List

Usar os itens seguintes como referência para verificação da qualidade das instalações:

1.      As tubulações que interligam as caixas para passagem dos cabos devem estar desobstruídas;

2.      O local onde o equipamento (modem, roteador, etc.) será instalado deve estar interligado com pares suficientes de acordo com o serviço que foi solicitado até o distribuidor geral da edificação;

3.      Não deve haver emenda no cabo interno (FI / CCI / CI / cabo UTP Cat. 5) que for usado na instalação;

4.      Os pares usados na instalação do circuito devem estar reservados e identificados, com etiquetas, no DG da edificação disponível para a Oi. Uma forma é usar etiquetas onde estejam escritos de forma legível o nome da empresa ou do usuário, o número do cabo e a faixa dos pares. Segue abaixo um exemplo:

 

 

 

 

 


Figura 5 – Modelo de Etiquetas de Identificação

Com a correta identificação dos cabos, agiliza-se o processo de instalação e, principalmente, de manutenção dos circuitos de dados.

5.      Os cabos devem estar passados corretamente e bem amarrados, utilizando-se de estruturas de organização como conduites, calhas e esteiras. 

6.      Recomenda-se que a instalação da rede interna sobre lajes ou forro seja através de tubulação contínua e devidamente fixada (tubos ou conduletes tipo PVC, tubo flexível Copex);

7.      Os pontos de energia devem atender as especificações a seguir:

q        Alimentação: 127VAC ou 220VAC ± 15% / 60 Hz ± 5%, ou –48VDC ± 10%

q        Tomadas: Três pinos, de acordo com padrão ABNT NBR 14136:2002

q        Aterramento: 3º pino da tomada aterrada

q        Polaridades:

§         Fase / Neutro = 110 ou 220 Volts

§         Fase / Terra = 110 ou 220 Volts

§         Neutro / Terra = 0 Volts

 

8.      É recomendável a utilização de estabilizador ou No-Break;

9.      O pino terra da tomada deverá ser ligado à malha de terra, a resistência de aterramento tem como valor desejável 5 Ohms, e a diferença de potencial entre o pino terra e o neutro deve ser inferior 1 VAC. O armário de entrada/cabo e todos os equipamentos (modem, roteador, etc) devem estar aterrados;

Contatos

Atendimento Especializado Oi ou Consultor Comercial

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Atendimento Especializado Oi