DECRETO Nº 2.180, de 10 março de 2009.
ADI STF 4494 – decisão monocrática: Julgo prejudicada a presente ação direta, por perda superveniente de seu objeto, em decisão final pelo STF, ADI 4494, publicada no Diário da Justiça Eletrônico nº 256, de 01/12/2016, transitada em julgado em 07/02/2017.
Altera o Decreto
nº 105, de 2007, que dispõe sobre o Programa Pró-Emprego.
O
GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso da competência privativa que
lhe confere a Constituição do Estado, art. 71, I e III, e as disposições da Lei
nº 13.992, de 15 de fevereiro de 2007, art. 3°,
DECRETA:
Art. 1° O art. 2º do Decreto nº 105, de 14 de março
de 2007, fica acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 2º
...................................................................
[...]
§ 4º O pedido de
enquadramento no Programa poderá ser formulado por entidade representativa de
setor econômico, observado o seguinte (Lei nº 14.605/08):
I - quando da solicitação deverão ser identificadas, na forma dos incisos I, “a” e “b”, e II do caput, as empresas destinatárias do enquadramento;
II - a exigência prevista no:
a) inciso IV do caput restará cumprida com a apresentação de estimativa do somatório dos empreendimentos, ficando dispensada a entrega de projeto detalhado referente a cada empreendimento;
b) inciso V do caput poderá ser dispensada para as empresas que atendam no mínimo duas das condições previstas no § 2º;
III - o pedido, que será autuado em um único processo, deverá ser apresentado na SDR de jurisdição do Município onde localizada a entidade.
§ 5º Na hipótese o § 4º,
o enquadramento no Programa de empreendimento não relacionado no pedido inicial
fica condicionado à prévia autorização do Secretário de Estado da Fazenda,
observado as disposições de enquadramento previstas neste regulamento, surtindo
efeitos a partir da data prevista em resolução.”
Art. 2° O art. 4º do Decreto nº 105, de 2007, fica
acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 4º ...................................................................
[...]
§ 3º Tratando-se de
pedido de enquadramento apresentado na forma do art. 2º, § 4º:
I - deverão ser identificadas as empresas que poderão ser beneficiárias de tratamento tributário previsto neste regulamento;
II - poderá o Grupo Gestor recomendar a concessão de tratamento tributário diferenciado a cada uma das empresas.”
Art. 3° O inciso III do § 4º do art. 7º do Decreto nº
105, de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 7º
...................................................................
[...]
§ 4º
.........................................................................
[...]
III – quando se tratar do
benefício previsto no art. 8º, § 6º, II, com aqueles estabelecidos
na legislação tributária relacionados à redução da base de cálculo, hipótese em
que a carga tributária final incidente sobre a operação própria não poderá ser
inferior a 3% (três por cento) de seu valor.”
Art. 4° O art. 7º do Decreto nº 105, de 2007, fica
acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 7º
...................................................................
[...]
§ 7º A responsabilidade
pelas obrigações previstas neste regulamento recaem de forma individual sobre
cada empresa que obter enquadramento no Programa, ainda que este decorra de
pedido formulado por entidade representativa, na forma do art. 2º, § 4º.”
Art. 5° O inciso I do § 1º do art. 8º do Decreto nº
105, de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º
...................................................................
[...]
§ 1º
.........................................................................
I – aplica-se também (Lei nº
14.605/08):
a) até 31 de maio de 2009, às
mercadorias importadas procedentes de países membros ou associados ao Mercosul,
(Lei nº 14.605/08);
b) a partir de 1º de
junho de 2009, às mercadorias importadas originárias de países membros ou
associados ao Mercosul, cuja entrada no território nacional ocorra por outra
unidade da Federação, desde que realizada exclusivamente por via terrestre (Lei
nº 14.605/08);
Art. 6° O inciso II do § 1º do art. 8º do Decreto nº
105, de 2007, fica acrescido da seguinte alínea:
“Art. 8º
...................................................................
§ 1º .........................................................................
[...]
II - .........................................................................
[...]
d) à importação de bens e
mercadorias usados, salvo se atendidas cumulativamente as seguintes condições
(Lei nº 14.605/08):
1. destinar-se ao ativo permanente do importador; e
2. não possuir similar produzido em território catarinense.”
Art. 7° O inciso I do § 7º
e o § 14, mantidos seus incisos, ambos do art. 8º do Decreto nº
105, de 2007, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º
...................................................................
[...]
§ 7º
.........................................................................
I – na saída destinada a consumidor final, exceto quando se tratar de operação que destine:
a) pneus, câmaras ou protetores de borracha a prestador de serviço de transporte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CCICMS;
b) a contribuinte do imposto mercadoria a ser integrada ao seu ativo permanente;
[...]
§ 14. A comprovação da ausência de similaridade deverá ser feita por ocasião do desembaraço do bem ou da mercadoria importada:”
Art. 8° O art. 8º do Decreto nº 105, de 2007, fica
acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 8º
...................................................................
[...]
§ 22. Na hipótese do § 7º, I, “b”, o imposto diferido
poderá ser compensado, no mesmo período de apuração, com créditos registrados
em conta gráfica.”
Art. 9° O art. 9º do Decreto nº 105, de 2007, fica
acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 9º
....................................................................
[...]
§ 3º O diferimento não alcança as operações com energia
elétrica, salvo aquelas destinadas (Lei nº 14.605/08):
I - a empresa enquadrada no Programa para o qual tenha sido concedido, nos termos da legislação vigente à época de seu enquadramento, o referido tratamento tributário; ou
II - a empresa que na data do pedido de enquadramento no Programa seja detentor do mesmo tratamento.
§ 4º O disposto no § 3º:
I – inciso I, não prevalecerá caso resolução do Secretário de Estado da Fazenda vier a dispor em contrário;
II – inciso II, somente se aplica enquanto expressamente autorizado por resolução do Secretário de Estado da Fazenda.
§ 5º O tratamento
tributário previsto neste artigo poderá compreender somente parte do imposto
devido.”
Art. 10. O art. 13 do Decreto nº
105, de 2007, fica acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 13. ...................................................................
[...]
§ 3º Alternativamente ao
disposto no § 1º, a concessão do benefício poderá ser condicionada à
apresentação de garantia, real ou bancária, de valor, no mínimo, igual ao
montante estimado do incremento do imposto gerado durante o período de duração
do benefício.”
Art. 11. O Decreto nº
105, de 14 de março de 2007, fica acrescido do
seguinte artigo:
“Art. 13-A. Na hipótese de
implantação de estabelecimento industrial que vier a produzir mercadoria
inexistente na cadeia produtiva catarinense, poderá ser autorizada a segregação
de crédito fiscal do ICMS, mantido expressamente pela legislação tributária,
decorrente de exportação ou em razão da realização de operação ou prestação
contemplada com isenção ou redução da base de cálculo, até o limite e pelo
prazo previsto na resolução a que se refere o art. 5º, que poderá ser utilizado, total ou parcialmente, para
quaisquer das seguintes finalidades (Lei nº 14.605/08):
I - transferência, ainda que a conta gráfica do imposto do remetente apresente saldo devedor, para estabelecimento situado ou não no Estado, para fins de compensação com imposto devido ao Estado; ou
II - compensação com imposto devido pelo estabelecimento beneficiário.
§ 1º A inexistência do
produto na cadeia produtiva será atestada por entidade representativa do setor
produtivo, com abrangência em todo território catarinense.
§ 2º A transferência do
crédito segregado observará o disposto na Seção IV do Capítulo VI do RICMS/SC,
aprovado pelo Decreto nº 2.870, de 27 de agosto de 2001.”
Art. 12. O caput do art. 19 do Decreto nº 105, de
14 de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 19. O enquadramento das empresas no Programa fica
condicionado ao compromisso de contribuição financeira para o Fundo
Pró-Emprego, criado pela Lei Complementar n° 249, de 15 de julho de
2003, equivalente a 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do valor
mensal da exoneração tributária decorrente, durante a vigência do tratamento
tributário diferenciado previsto no art. 8°, § 6°, II e no art.
10 (Lei nº 14.605/08).”
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art.
14. Fica revogado ao art. 11 do Decreto nº 105, de 2007.
Florianópolis, 10 de março de 2009.